
Eram exatamente três horas da tarde quando meu celular tocou.
Eu: Residência do Dr. Carlos Andrade, com quem deseja falar?
Colin: Pára com isso Alex, eu sei que é você.
Bem, devo apresentar meu amigo de infância: Colin, que não larga do meu pé desde o jardim. Ele sempre esteve comigo em momentos felizes, enrascadas (afinal, ele nos metia na maioria delas ), momentos tristes, enfim, não larga do meu pé. Uma vez, na casa da tia dele, tínhamos sete anos, jogamos o gato dela pela janela, e depois a entregamos ele morto, ela teve um infarto e ficamos de castigo até mês passado. Brincadeira, só uma semana, ela já era velha. Mas voltando ao assunto principal...
Eu: Droga, nunca consigo enganar você.
Colin: Claro, eu que te ensinei isso!
Eu: Ah! É... havia me esquecido. (risadas)
Colin: Hoje eu estava combinando com a galera da nossa turma de passar trote nos calouros. O que você acha?
Eu: Estou dentro!
Colin: Tudo bem, vai ser lá naquele hospital abandonado da avenida Einstein.
Eu: O que? Mas lá é cheio de lixo tóxico!
Colin: Eu sei. Por isso escolhi lá.
Eu: Hã? Explica isso melhor Colin.
Colin: Vamos fazer eles engolirem tudinho, assim estaremos deixando a cidade mais limpa, faremos uma boa ação! Hehe!
Eu: Você ta maluco cara, é sério, aquilo lá é perigoso e...
Colin: Depois a gente conversa cara, tem alguém tocando a campainha, o trote vai ser a meia noite hein, não esquece! Chamamos os calouros, dissemos que seria uma “festa”. Falou cara.
Eu: Mas... droga, desligou.
Era para ser só um trote, ou talvez o maior trote da história da nossa escola, mas eu estava com um pressentimento de que aquilo iria muito além disso.
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